Os irmãos Joel e Ethan Coen estão de novo nas telonas com "Queime Depois de Ler" (Burn After Reading, 2008). É a nova comédia de erros escrita e dirigida pela dupla, que lembra bem o humor negro de "Fargo" (1996). Desta vez um CD contendo as memórias de um ex-agente da CIA acaba nas mãos de dois empregados de uma academia, que pretendem receber uma recompensa em dinheiro para devolvê-lo. O ex-agente é Osbourne Cox (John Malkovich), e os dois idiotas são Chad Feldheimer (Brad Pitt) e Linda Litzke (Frances McDormand, a policial Marge Gunderson, de "Fargo"). Novamente, um monte de gente morre por causa da falta de escrúpulos que as pessoas demonstram quando estão em busca de dinheiro e sexo. Muito engraçado. Não deixe de ver.
P.S.: Para não dizerem que só comento filme antigo, estou me atualizando nesse chuvoso fim de ano em Brasília. Depois vou comentar sobre outros filmes e sobre esta viagem a Brasília e arredores.
segunda-feira, dezembro 29, 2008
domingo, dezembro 21, 2008
Film Noir
Nesse fim de semana resolvi matar saudades de alguns grandes clássicos do estilo "film noir". Já comentei sobre esse gênero. Em geral, são filmes de suspense e mistério contendo detetives, policiais corruptos, mulheres fatais, maridos infiéis. Todos são personagens desesperados em um mundo cínico, cruel, pessimista. Há crimes, assaltos, assassinatos, julgamentos. As cenas são geralmente noturnas, com muitas sombras, contraste, em branco e preto. O período clássico compreende os anos 40 e 50.
Alguns dos maiores clássicos são:
"O Falcão Maltês" (The Maltese Falcon, John Huston, 1941)
"Pacto de Sangue" (Double Indemnity, Billy Wilder, 1944)
"À Beira do Abismo" (The Big Sleep, Howard Hawks, 1946)
"O Terceiro Homem" (The Third Man, Carol Reed, 1949)
"Crepúsculo dos Deuses" (Sunset Blvd, Billy Wilder, 1950)
Depois disso, até hoje, vieram os chamados "neo-noir". Exemplos:
"Chinatown" (Roman Polanski, 1974)
"Los Angeles - Cidade Proibida" (L.A. Confidential, Curtis Hanson, 1997)
"Amnésia" (Memento, Christopher Nolan, 2000)
"Insônia" (Insomnia, Christopher Nolan, 2002)
"Batman Begins" (Christopher Nolan, 2005)
Esse gênero não se limitou ao cinema. Um ótimo exemplo são os vídeo games
Max Payne (Sam Lake, 2001) e Max Payne 2: The Fall of Max Payne (Sam Lake, 2003).
Recomendo todos, sem exceção.
Alguns dos maiores clássicos são:
"O Falcão Maltês" (The Maltese Falcon, John Huston, 1941)
"Pacto de Sangue" (Double Indemnity, Billy Wilder, 1944)
"À Beira do Abismo" (The Big Sleep, Howard Hawks, 1946)
"O Terceiro Homem" (The Third Man, Carol Reed, 1949)
"Crepúsculo dos Deuses" (Sunset Blvd, Billy Wilder, 1950)
Depois disso, até hoje, vieram os chamados "neo-noir". Exemplos:
"Chinatown" (Roman Polanski, 1974)
"Los Angeles - Cidade Proibida" (L.A. Confidential, Curtis Hanson, 1997)
"Amnésia" (Memento, Christopher Nolan, 2000)
"Insônia" (Insomnia, Christopher Nolan, 2002)
"Batman Begins" (Christopher Nolan, 2005)
Esse gênero não se limitou ao cinema. Um ótimo exemplo são os vídeo games
Max Payne (Sam Lake, 2001) e Max Payne 2: The Fall of Max Payne (Sam Lake, 2003).
Recomendo todos, sem exceção.
terça-feira, dezembro 16, 2008
Jogo de arremessar sapato no Bush
Se você quiser experimentar a mesma sensação vivida pelo jornalista iraquiano que arremessou os sapatos contra o presidente americano George Bush numa entrevista coletiva de imprensa, acesse o seguinte site e divirta-se:
BUSH SHOE THROWING GAME
BUSH SHOE THROWING GAME
domingo, dezembro 14, 2008
A Vida dos Outros
"A Vida dos Outros" (Das Leben der Anderen, 2006) é um filme magnífico, escrito e dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck. Antes da queda do Muro de Berlim, a Stasi, serviço secreto da Alemanha Oriental, vigiava as pessoas do meio artístico, como escritores, diretores de teatro, atores, cantores, pintores, escultores, jornalistas etc. Como sabemos, a primeira vítima de toda a ditadura é a cultura. Nesta ficção, o agente da ditadura HGW XX/7 acaba aos poucos entendendo o ponto de vista dos rebeldes, sendo por isso homenageado no livro "Sonata para um Homem Bom". É só o que posso revelar agora. Melhor você assistir. Passou há um ano no cinema, o DVD está à venda nas locadoras, e foi estréia sábado na HBO. Recomendo.
Atestado ideológico
Ontem o AI-5 fez 40 anos. Em 13 de dezembro de 1968, Arthur da Costa e Silva editou o ato em represália a uma decisão da Câmara, por esta ter-se negado a dar uma licença para que o deputado Marcio Moreira Alves fosse processado em virtude de um discurso contrário às Forças Armadas. Este famigerado ato representou o total endurecimento do regime - veja os detalhes clicando no link.
Algumas pessoas podem me perguntar porque lembro disso. Outras associam minha lembrança à suposição de que eu seja petista "roxo", radical, comunista, ateu, e alguns outros adjetivos carregados de tons acusatórios e preconceituosos. Meus motivos:
As pessoas precisam conhecer a história porque "aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repetí-la".
Vivi os últimos anos da quartelada de 1964. Por isso tenho nojo de toda e qualquer ditadura, seja de direita ou seja de esquerda, inclusive a ditadura do proletariado, que teoricamente nos levaria a um mundo mais justo.
Tive uma educação cristã. E ainda acho que é mais fácil para um camelo ou uma corda passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ou um opressor entrar no céu.
É incrível, mas até hoje a sociedade brasileira, conscientemente ou não, ainda coloca rótulos e cobra os tais atestados ideológicos. Para saber o motivo, só mesmo conhecendo a nossa história.
Algumas pessoas podem me perguntar porque lembro disso. Outras associam minha lembrança à suposição de que eu seja petista "roxo", radical, comunista, ateu, e alguns outros adjetivos carregados de tons acusatórios e preconceituosos. Meus motivos:
As pessoas precisam conhecer a história porque "aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repetí-la".
Vivi os últimos anos da quartelada de 1964. Por isso tenho nojo de toda e qualquer ditadura, seja de direita ou seja de esquerda, inclusive a ditadura do proletariado, que teoricamente nos levaria a um mundo mais justo.
Tive uma educação cristã. E ainda acho que é mais fácil para um camelo ou uma corda passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ou um opressor entrar no céu.
É incrível, mas até hoje a sociedade brasileira, conscientemente ou não, ainda coloca rótulos e cobra os tais atestados ideológicos. Para saber o motivo, só mesmo conhecendo a nossa história.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Boa Temática
Se as pessoas não acreditam que a matemática é simples, é só porque elas não percebem o quanto a vida é complicada. Pelo menos é o que disse o matemático húngaro von Neumann. Veja a seguir alguns vínculos que se referem a esse tema:
A atriz americana Mae West uma vez definiu a operação aritmética de subtração da seguinte forma: "Um homem tem cem dólares e você o deixa com dois dólares. Isto é subtração".
Quod erat demonstrandum, isto é, c.q.d. (como queríamos demonstrar).
- Só Matemática
- Olimpíada Brasileira de Matemática
- IBGE
- Khan Academy (em inglês)
- Math is Fun (em inglês)
A atriz americana Mae West uma vez definiu a operação aritmética de subtração da seguinte forma: "Um homem tem cem dólares e você o deixa com dois dólares. Isto é subtração".
Quod erat demonstrandum, isto é, c.q.d. (como queríamos demonstrar).
sábado, novembro 08, 2008
A Grande Ilusão
"A Grande Ilusão" (All the King's Men, 1949) é um filme de Robert Rossen com roteiro de Robert Penn Warren, sobre a ascensão e a queda de um político populista e corrupto. O drama começa quando alguns políticos espertalhões resolvem usar o caipira Willie Stark (Broderick Crawford) em uma armação para dividir os votos do povo e vencer as eleições em um estado americano. O problema é que o caipira aprendeu a fazer a mesma política e, aos poucos, se tornou muito pior. A cena do discurso em que ele desafiou os políticos espertalhões é para ficar na história do cinema. Muito interessante.
Em 2006 Steven Zaillian filmou novamente essa estória com um super elenco (Sean Penn, Jude Law, Anthony Hopkins, Kate Winslet etc), mas não ficou tão bom quanto o original.
Robert Rossen dirigiu outros grandes filmes, mas ficou marcado por entregar 57 companheiros do partido comunista ao testemunhar nos interrogatórios do Comitê de Atividades Antiamericanas que durou com diversos nomes de 1934 a 1975. Naquele período, muitos roteiristas tiveram que trabalhar usando pseudônimos por causa da perseguição política, da mesma forma que aconteceu aqui durante os anos da ditadura militar.
Em 2006 Steven Zaillian filmou novamente essa estória com um super elenco (Sean Penn, Jude Law, Anthony Hopkins, Kate Winslet etc), mas não ficou tão bom quanto o original.
Robert Rossen dirigiu outros grandes filmes, mas ficou marcado por entregar 57 companheiros do partido comunista ao testemunhar nos interrogatórios do Comitê de Atividades Antiamericanas que durou com diversos nomes de 1934 a 1975. Naquele período, muitos roteiristas tiveram que trabalhar usando pseudônimos por causa da perseguição política, da mesma forma que aconteceu aqui durante os anos da ditadura militar.
A Grande Esperança
Na terça, 4 de novembro, o senador democrata Barack Hussein Obama II venceu as eleições tornando-se o primeiro presidente mestiço dos Estados Unidos. No início do processo eleitoral, confesso que tinha como certa a vitória do candidato republicano, John McCain. Cheguei a comentar que não achava possível que uma mulher (na época, a senadora Hillary Clinton) ou um negro pudesse chegar à presidência dos Estados Unidos. Confesso que fui ficando cada vez mais surpreso, à medida que as pesquisas de intenção de voto vinham apontando Obama como favorito. Embora Obama não seja propriamente negro, mas mestiço, já que é filho de um queniano negro com uma americana branca, fiquei satisfeito com o resultado. É notório que os presidentes democratas têm sido em geral muito melhores que os republicanos. Ao menos para os próprios americanos. Também gostei da atitude do candidato vencido, senador McCain, com um discurso conciliatório diante de uma platéia decepcionada de conservadores reacionários. Tudo bem. Agora resta saber se Obama conseguirá atender às expectativas e tornar-se um estadista do calibre de John Kennedy ou, pelo menos, de Jimmy Carter. Essa é a esperança dos democratas do mundo. Sinceramente, espero que ele não se torne uma grande ilusão.
domingo, novembro 02, 2008
Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
Outro dia eu estava na locadora já com alguns filmes na mão, sobre os quais ia perguntar a opinião dos atendentes, e vi um filme novo do Sidney Lumet, com um nome enorme: "Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto" (Before the Devil Knows You're Dead, 2007). Não tive dúvidas. Devolvi à prateleira os outros e aluguei este. Faz tempo que faço assim: pego o filme por causa do diretor, escolho o disco através do compositor ou do intérprete, escolho o livro pelo autor, e assim por diante. O autor e a obra têm uma relação tão característica que muitas vezes é possível deduzir de quem é a obra ao se ver, ouvir ou ler dela apenas um trecho como em um teste cego. Meu raciocínio foi simples. Se o cineasta dirigiu "12 Homens e uma Sentença" (12 Angry Men, 1957), "Um Dia de Cão" (Dog Day Afternoon, 1975) e "Rede de Intrigas" (Network, 1976), então a chance de seu novo filme ser ruim é bem pequena. E acertei. Felizmente. A sinopse já dá uma idéia de como é bom o roteiro do Kelly Masterson: dois irmãos que estão em dificuldades financeiras planejam o roubo à joalheria dos próprios pais. A joalheria estava no seguro, eles conheciam a sua rotina e bastaria usar uma arma de brinquedo quando uma empregada velha e que enxergava mal estivesse sozinha na loja. Detalhe: saiu tudo errado. Imagine o que vem a seguir. É melhor você ver com seus próprios olhos. Recomendo.
domingo, outubro 26, 2008
Eleições municipais de 2008
Ao comemorar 28 anos de história, o PT volta a governar São Bernardo depois de quase 20 anos, justamente no momento em que o Maurício Soares voltou ao partido para ser um dos coordenadores da campanha que elegeu Luiz Marinho.
Eleições municipais são curiosas no Brasil.
O vice de Marinho, Frank Aguiar, é do PTB, partido que acabou com a hegemonia do PT em Santo André, com direito a festa e gritos de "Fora PT".
O PPS do candidato Alex Manente, que tinha ficado em terceiro lugar no primeiro turno, apoiou o PT no segundo turno em São Bernardo. Mas em São Paulo, o PPS da Soninha ficou com o Kassab. Não fosse São Paulo, o DEM praticamente se tornaria um partido nanico, já que venceu em apenas mais 4 cidades com mais de 200 mil eleitores.
O PT e o DEM fizeram parte da coligação que elegeu o prefeito de Campinas, Dr. Hélio do PDT, no primeiro turno! Acredite, se quiser.
Se em São Paulo o PSDB do Serra ficou com o DEM para eleger o malufista-afifista Kassab, em Belo Horizonte o PSDB do Aécio Neves ficou com o PT para eleger o Márcio Lacerda do PSB.
Tirando aquela peça publicitária da campanha da Marta, que insinuava que Kassab seria homossexual, a campanha em São Paulo foi razoável e culminou de forma civilizada quando ela admitiu a derrota e ligou para parabenizá-lo.
Muito curiosas as eleições municipais no Brasil. E muito rápidas. Foram uns 20 segundos para votar, praticamente o tempo de digitar duas teclas com os algarismos do partido e a terceira para confirmar. Em minha seção eleitoral não havia filas. E o resultado ficou conhecido em pouco mais de duas horas de apuração. Sem boca de urna, o clima foi completamente sereno. Quem diria que a gente ia se acostumar com a democracia em tão pouco tempo?
Eleições municipais são curiosas no Brasil.
O vice de Marinho, Frank Aguiar, é do PTB, partido que acabou com a hegemonia do PT em Santo André, com direito a festa e gritos de "Fora PT".
O PPS do candidato Alex Manente, que tinha ficado em terceiro lugar no primeiro turno, apoiou o PT no segundo turno em São Bernardo. Mas em São Paulo, o PPS da Soninha ficou com o Kassab. Não fosse São Paulo, o DEM praticamente se tornaria um partido nanico, já que venceu em apenas mais 4 cidades com mais de 200 mil eleitores.
O PT e o DEM fizeram parte da coligação que elegeu o prefeito de Campinas, Dr. Hélio do PDT, no primeiro turno! Acredite, se quiser.
Se em São Paulo o PSDB do Serra ficou com o DEM para eleger o malufista-afifista Kassab, em Belo Horizonte o PSDB do Aécio Neves ficou com o PT para eleger o Márcio Lacerda do PSB.
Tirando aquela peça publicitária da campanha da Marta, que insinuava que Kassab seria homossexual, a campanha em São Paulo foi razoável e culminou de forma civilizada quando ela admitiu a derrota e ligou para parabenizá-lo.
Muito curiosas as eleições municipais no Brasil. E muito rápidas. Foram uns 20 segundos para votar, praticamente o tempo de digitar duas teclas com os algarismos do partido e a terceira para confirmar. Em minha seção eleitoral não havia filas. E o resultado ficou conhecido em pouco mais de duas horas de apuração. Sem boca de urna, o clima foi completamente sereno. Quem diria que a gente ia se acostumar com a democracia em tão pouco tempo?
sábado, outubro 18, 2008
Outubro
O que foi feito, amigo, de tudo que a gente sonhou?
O que foi feito da vida, o que foi feito do amor?
Quisera encontrar aquele verso menino que escrevi há tantos anos atrás.
Falo assim com saudade, falo assim por saber.
Se muito vale o já feito, mais vale o que será.
Mais vale o que será.
E o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir.
Falo assim sem tristeza, falo por acreditar que é cobrando o que fomos que nós iremos crescer. Nós iremos crescer, outros outubros virão, outras manhãs, plenas de sol e de luz.
Alertem todos alarmas que o homem que eu era voltou.
A tribo toda reunida, ração dividida ao sol.
E nossa Vera Cruz, quando o descanso era luta pelo pão e aventura sem par.
Quando o cansaço era rio e rio qualquer dava pé.
E a cabeça rolava num gira-girar de amor.
E até mesmo a fé não era cega nem nada, era só nuvem no céu e raiz.
Hoje essa vida só cabe na palma da minha paixão.
Devera nunca se acabe, abelha fazendo o seu mel.
No pranto que criei, nem vá dormir como pedra e esquecer o que foi feito de nós.
O que foi feito da vida, o que foi feito do amor?
Quisera encontrar aquele verso menino que escrevi há tantos anos atrás.
Falo assim com saudade, falo assim por saber.
Se muito vale o já feito, mais vale o que será.
Mais vale o que será.
E o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir.
Falo assim sem tristeza, falo por acreditar que é cobrando o que fomos que nós iremos crescer. Nós iremos crescer, outros outubros virão, outras manhãs, plenas de sol e de luz.
Alertem todos alarmas que o homem que eu era voltou.
A tribo toda reunida, ração dividida ao sol.
E nossa Vera Cruz, quando o descanso era luta pelo pão e aventura sem par.
Quando o cansaço era rio e rio qualquer dava pé.
E a cabeça rolava num gira-girar de amor.
E até mesmo a fé não era cega nem nada, era só nuvem no céu e raiz.
Hoje essa vida só cabe na palma da minha paixão.
Devera nunca se acabe, abelha fazendo o seu mel.
No pranto que criei, nem vá dormir como pedra e esquecer o que foi feito de nós.
Constituição Cidadã
O post anterior fez referência ao discurso do deputado Ulysses Guimarães no momento da promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988. Ficou conhecida por Constituição Cidadã por causa de muitos avanços na área social que foram incorporados ao seu texto, apesar da choradeira de alguns setores conservadores de nossa sociedade.
Embora tenha apoiado a quartelada de 1964, em 1965 o Dr. Ulysses se filiou ao MDB e a partir de então participou de todas as campanhas pela volta do país à democracia, inclusive das lutas pela anistia e pelas eleições diretas.
Coincidentemente, ele nasceu em 6 de outubro (de 1916) e faleceu em 12 de outubro (de 1992). Não esqueço a participação dele no "Vox Populi", de Carlos Queiroz Telles e Roberto Muylaert, premiado programa de entrevistas e debates, em 1977 ou 1978. Foi um dos primeiros políticos que me impressionaram positivamente depois que "descobri" que vivíamos sob uma ditadura militar.
Que me perdoem, mas essa foi apenas uma pequena lembrança de tempos não tão distantes assim, mas que certamente foram esquecidos pela maioria de nossa população. Como dizem, o brasileiro tem memória curta, especialmente sobre política e história recente do país. Segundo um filósofo espanhol, Santayana, "os que são incapazes de recordar o passado são condenados a repetí-lo".
Você reparou que em outubro só tenho falado de política? Não é por acaso. O que mais me incomoda é ver gente jovem fazendo escolhas movidas pela mídia conservadora e, para falar a verdade, por pura ignorância. Há exceções, mas dá para contar nos dedos.
Embora tenha apoiado a quartelada de 1964, em 1965 o Dr. Ulysses se filiou ao MDB e a partir de então participou de todas as campanhas pela volta do país à democracia, inclusive das lutas pela anistia e pelas eleições diretas.
Coincidentemente, ele nasceu em 6 de outubro (de 1916) e faleceu em 12 de outubro (de 1992). Não esqueço a participação dele no "Vox Populi", de Carlos Queiroz Telles e Roberto Muylaert, premiado programa de entrevistas e debates, em 1977 ou 1978. Foi um dos primeiros políticos que me impressionaram positivamente depois que "descobri" que vivíamos sob uma ditadura militar.
Que me perdoem, mas essa foi apenas uma pequena lembrança de tempos não tão distantes assim, mas que certamente foram esquecidos pela maioria de nossa população. Como dizem, o brasileiro tem memória curta, especialmente sobre política e história recente do país. Segundo um filósofo espanhol, Santayana, "os que são incapazes de recordar o passado são condenados a repetí-lo".
Você reparou que em outubro só tenho falado de política? Não é por acaso. O que mais me incomoda é ver gente jovem fazendo escolhas movidas pela mídia conservadora e, para falar a verdade, por pura ignorância. Há exceções, mas dá para contar nos dedos.
quarta-feira, outubro 08, 2008
É caminhando que se faz o caminho
Chegamos! Esperamos a Constituição como o vigia espera a aurora. Bem-aventurados os que chegam. Não nos desencaminhamos na longa marcha, não nos desmoralizamos capitulando ante pressões aliciadoras e comprometedoras, não desertamos, não caímos no caminho. Alguns a fatalidade derrubou: Virgílio Távora, Alair Ferreira, Fábio Lucena, Antonio Farias e Norberto Schwantes. Pronunciamos seus nomes queridos com saudade e orgulho: cumpriram com o seu dever.
A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma.
Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério.
A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia.
Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações, principalmente na América Latina.
A coragem é a matéria-prima da civilização. Sem ela, o dever e as instituições perecem. Sem a coragem, as demais virtudes sucumbem na hora do perigo. Sem ela, não haveria a cruz, nem os evangelhos.
A Assembléia Nacional Constituinte rompeu contra o establishment, investiu contra a inércia, desafiou tabus. Não ouviu o refrão saudosista do velho do Restelo, no genial canto de Camões. Suportou a ira e perigosa campanha mercenária dos que se atreveram na tentativa de aviltar legisladores em guardas de suas burras abarrotadas com o ouro de seus privilégios e especulações.
Há, portanto, representativo e oxigenado sopro de gente, de rua, de praça, de favela, de fábrica, de trabalhadores, de cozinheiros, de menores carentes, de índios, de posseiros, de empresários, de estudantes, de aposentados, de servidores civis e militares, atestando a contemporaneidade e autenticidade social do texto que ora passa a vigorar. Como o caramujo, guardará para sempre o bramido das ondas de sofrimento, esperança e reivindicações de onde proveio.
A Constituição é caracteristicamente o estatuto do homem. É sua marca de fábrica.
O inimigo mortal do homem é a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com estado de miséria. Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria.
A Federação é a governabilidade. A governabilidade da Nação passa pela governabilidade dos Estados e dos Municípios. O desgoverno, filho da penúria de recursos, acende a ira popular, que invade primeiro os paços municipais, arranca as grades dos palácios e acabará chegando à rampa do Palácio do Planalto.
Democracia é a vontade da lei, que é plural e igual para todos, e não a do príncipe, que é unipessoal e desigual para os favorecimentos e os privilégios.
A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam.
Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública.
Não é a Constituição perfeita. Se fosse perfeita, seria irreformável. Ela própria, com humildade e realismo, admite ser emendada, até por maioria mais acessível, dentro de 5 anos.
Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o caminho que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria.
Nosso desejo é o da Nação: que este Plenário não abrigue outra Assembléia Nacional Constituinte. Porque, antes da Constituinte, a ditadura já teria trancado as portas desta Casa.
Autoridades, Constituintes, senhoras e senhores, a sociedade sempre acaba vencendo, mesmo ante a inércia ou antagonismo do Estado.
O Estado autoritário prendeu e exilou. A sociedade, com Teotônio Vilela, pela anistia, libertou e repatriou.
A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram.
Foi a sociedade, mobilizada nos colossais comícios das Diretas-já, que, pela transição e pela mudança, derrotou o Estado usurpador.
Termino com as palavras com que comecei esta fala: a Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar.
A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja nosso grito: – Mudar para vencer! Muda, Brasil!
A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma.
Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério.
A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia.
Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações, principalmente na América Latina.
A coragem é a matéria-prima da civilização. Sem ela, o dever e as instituições perecem. Sem a coragem, as demais virtudes sucumbem na hora do perigo. Sem ela, não haveria a cruz, nem os evangelhos.
A Assembléia Nacional Constituinte rompeu contra o establishment, investiu contra a inércia, desafiou tabus. Não ouviu o refrão saudosista do velho do Restelo, no genial canto de Camões. Suportou a ira e perigosa campanha mercenária dos que se atreveram na tentativa de aviltar legisladores em guardas de suas burras abarrotadas com o ouro de seus privilégios e especulações.
Há, portanto, representativo e oxigenado sopro de gente, de rua, de praça, de favela, de fábrica, de trabalhadores, de cozinheiros, de menores carentes, de índios, de posseiros, de empresários, de estudantes, de aposentados, de servidores civis e militares, atestando a contemporaneidade e autenticidade social do texto que ora passa a vigorar. Como o caramujo, guardará para sempre o bramido das ondas de sofrimento, esperança e reivindicações de onde proveio.
A Constituição é caracteristicamente o estatuto do homem. É sua marca de fábrica.
O inimigo mortal do homem é a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com estado de miséria. Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria.
A Federação é a governabilidade. A governabilidade da Nação passa pela governabilidade dos Estados e dos Municípios. O desgoverno, filho da penúria de recursos, acende a ira popular, que invade primeiro os paços municipais, arranca as grades dos palácios e acabará chegando à rampa do Palácio do Planalto.
Democracia é a vontade da lei, que é plural e igual para todos, e não a do príncipe, que é unipessoal e desigual para os favorecimentos e os privilégios.
A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam.
Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública.
Não é a Constituição perfeita. Se fosse perfeita, seria irreformável. Ela própria, com humildade e realismo, admite ser emendada, até por maioria mais acessível, dentro de 5 anos.
Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o caminho que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria.
Nosso desejo é o da Nação: que este Plenário não abrigue outra Assembléia Nacional Constituinte. Porque, antes da Constituinte, a ditadura já teria trancado as portas desta Casa.
Autoridades, Constituintes, senhoras e senhores, a sociedade sempre acaba vencendo, mesmo ante a inércia ou antagonismo do Estado.
O Estado autoritário prendeu e exilou. A sociedade, com Teotônio Vilela, pela anistia, libertou e repatriou.
A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram.
Foi a sociedade, mobilizada nos colossais comícios das Diretas-já, que, pela transição e pela mudança, derrotou o Estado usurpador.
Termino com as palavras com que comecei esta fala: a Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar.
A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja nosso grito: – Mudar para vencer! Muda, Brasil!
segunda-feira, outubro 06, 2008
Eleicões Municipais
A ARENA, isto é, o DEM, só não vai virar partido nanico se o Kassab, ex-secretário do Pitta e candidato do Serra, vencer a Marta no segundo turno de São Paulo. De qualquer forma, o PDS, isto é, o DEM, venceu em apenas 4 municípios com mais de 200 mil eleitores. O PFL, isto é, o DEM, ficou para o segundo turno em apenas 2 cidades com mais de 200 mil eleitores, entre elas a única das capitais, justamente São Paulo. Eles vão investir todas as fichas em São Paulo, já que perderam até em Salvador, onde foi a missa de sétimo dia do carlismo, conforme disse o Marco Aurélio Garcia ao Blog do Josias. Já sairam em busca do apoio dos outros partidos de direita, sobretudo o PSDB e o PPS. A Marta vai ter dificuldades, já que teve de tomar medidas impopulares por ter pegado a Prefeitura quebrada em 2000 e agora está na mira dos plutocratas, da classe média conservadora e da imprensa burguesa - Folha, Estado, Veja e Globo. O segundo turno em Sampa vai ser uma prévia à eleição para presidente em 2010. O Serra apostou nisso quando abandonou a campanha do companheiro de partido (Alckmin) para ingressar com tudo na campanha do "democrata" Kassab. Em 26 de outubro teremos então a luta do lobisomem contra a mula-sem-cabeça. Quem viver, verá.
quinta-feira, outubro 02, 2008
A briga do tucano e o papagaio
Já que o Maluf tem o nome associado à corrupção, a direita paulistana, através do Estadão, da Folha e da Globo, já escolheu o Kassab, em detrimento do Alckmin. Parte do PSDB também já optou pelo Kassab, ex-secretário de Planejamento do Celso Pitta (criatura e obra de Maluf).
A Folha dá vantagem de oito pontos a Gilberto Kassab sobre Geraldo Alckmin às vésperas do primeiro turno. E aponta o "democrata" como futuro prefeito da cidade.
Segundo a Folha e o Estadão, o Picolé de Chuchu "reagiu com indignação" ao cancelamento pela Globo do último debate antes do primeiro turno, que favoreceu o "democrata". Alckmin foi abandonado pelos companheiros quando tentou a estratégia de atacar o malufista Kassab. Segundo o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), "o eleitor não esperava uma atitude tão agressiva de um homem de Deus, que dizem ser ligado à Opus Dei".
Eles estão desesperados. Será que eles, PSDB e DEM(-PFL-PDS-ARENA), vão conseguir se fundir após as eleições? Se forem para o segundo turno, tenha certeza que o PPS (ex-Partidão) da Soninha vai ficar com eles. Por outro lado, se não conseguir se eleger, essa gente vai virar partido nanico por muito tempo.
A Folha dá vantagem de oito pontos a Gilberto Kassab sobre Geraldo Alckmin às vésperas do primeiro turno. E aponta o "democrata" como futuro prefeito da cidade.
Segundo a Folha e o Estadão, o Picolé de Chuchu "reagiu com indignação" ao cancelamento pela Globo do último debate antes do primeiro turno, que favoreceu o "democrata". Alckmin foi abandonado pelos companheiros quando tentou a estratégia de atacar o malufista Kassab. Segundo o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), "o eleitor não esperava uma atitude tão agressiva de um homem de Deus, que dizem ser ligado à Opus Dei".
Eles estão desesperados. Será que eles, PSDB e DEM(-PFL-PDS-ARENA), vão conseguir se fundir após as eleições? Se forem para o segundo turno, tenha certeza que o PPS (ex-Partidão) da Soninha vai ficar com eles. Por outro lado, se não conseguir se eleger, essa gente vai virar partido nanico por muito tempo.
quarta-feira, outubro 01, 2008
Pra Não Dizer Que Não Falei da Política
- Na semana passada no SBT Repórter, o César Filho apresentou o tema "Araguaia/Milícias". Na primeira parte foi abordada a história da guerrilha do Araguaia que ocorreu aqui nos anos 70. E na segunda metade, mostraram-se algumas entrevistas e atividades da organização neonazista americana White Aryan Resistance, citando o atentado à bomba na Cidade de Oklahoma em 1995. A TV aberta às vezes chega a nos surpreender. Pena que sejam apenas algumas exceções, de vez em quando.
- O Que Você Tem a Ver com a Corrupção? é um projeto interessante, originado no estado de Santa Catarina há quatro anos e que agora tem alcançado projeção nacional. Aparentemente não tem vinculações político-eleitorais, como algumas campanhas que vimos recentemente. A corrupção é um mal presente em toda a sociedade, e não apenas no meio político, como querem dar a entender os adversários da democracia. Vale a pena dar uma clicada nesse link.
segunda-feira, setembro 29, 2008
Amor à Flor da Pele
"Amor à Flor da Pele" (Fa yeung nin wa, 2000), conhecido internacionalmente como "In the Mood for Love", escrito, dirigido e produzido pelo chinês Kar Wai Wong, trata do romance entre o Sr. Chow (Tony Leung Chiu Wai) e a Sra. Chan (Maggie Cheung). Logo após se mudarem para uma pensão em Hong Kong dos anos 60, eles descobrem que seus respectivos cônjuges estão tendo um caso. Por isso eles se tornam amigos e o clima de romance é exposto de forma lenta, gradual e sutil ao longo do filme, considerado uma obra-prima. O enquadramento da filmagem dá a impressão que a gente está espionando o casal. O clima fica completo com a música, com destaque para o bolero "Aquellos Ojos Verdes", e a fotografia, com tons de vermelho e muita nitidez.
domingo, setembro 21, 2008
Apenas mais uma de amor
Depois de tanta estória romântica, então (do Lulu Santos) apenas mais uma de amor:
Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder.
Deixo assim ficar subentendido, como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer.
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato, baby.
A beleza é mesmo tão fugaz. É uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de convencer.
Pode até parecer fraqueza. Pois que seja fraqueza então. A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer.
Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. (Eu digo: vai doer). O que eu ganho, o que eu perco ninguém precisa saber.
Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder.
Deixo assim ficar subentendido, como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer.
Eu acho tão bonito isso de ser abstrato, baby.
A beleza é mesmo tão fugaz. É uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de convencer.
Pode até parecer fraqueza. Pois que seja fraqueza então. A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer.
Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. (Eu digo: vai doer). O que eu ganho, o que eu perco ninguém precisa saber.
Razão e Sensibilidade
O filme não é novo, mas vale a pena ser visto e revisto. Refiro-me a "Razão e Sensibilidade" (Sense and Sensibility, 1995) do chinês Ang Lee, que também dirigiu "O Tigre e o Dragão" (2000) e "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005). O roteiro é da Emma Thompson, baseado no romance homônimo da Jane Austen. O drama começa quando uma viúva fica pobre pelas regras da herança na Inglaterra do século XIX e se muda para o interior com as três filhas: a menina Margaret, a sensível Marianne (Kate Winslet, de "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" e "Em Busca da Terra do Nunca") e a racional Elinor (Emma Thompson, de "Vestígios do Dia" e "Mais Estranho que a Ficção"). O título do romance se refere às duas moças. Marianne é a própria sensibilidade e emoção, enquanto Elinor representa a razão e o bom senso. O filme é longo e se mantém pelas belas locações e pelo desempenho do ótimo elenco. Quando a gente acha que as duas moças vão ficar solteironas...Bem, é melhor ver o filme. Muito romântico, por sinal.
terça-feira, setembro 16, 2008
Um diretor, duas atrizes e dois filmes
Duas atrizes inglesas foram dirigidas pelo inglês Joe Wright em seus dois últimos filmes. São elas: a experiente Brenda Blethyn, e a jovem Keira Knightley, que também atuou em três filmes do americano Gore Verbinski ao lado de Johnny Depp ("Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra", "O Baú da Morte" e "No Fim do Mundo"). Os dois belíssimos romances são:
Advertência: esses filmes não tratam de violência, embora o segundo tenha a guerra como pano de fundo. Ao contrário, tratam de sentimentos e emoções.
- "Orgulho e Preconceito" (Pride & Prejudice, 2005), baseado no conhecido romance da escritora inglesa Jane Austen, estória de amor meio água-com-açúcar, mas muito bonita, com destaque especial às locações e à fotografia.
- "Desejo e Reparação" (Atonement, 2007), baseado no romance do inglês Ian McEwan, drama que trata do sentimento de culpa, estando mais para tragédia do que para romance. Venceu o Oscar de melhor trilha sonora deste ano.
Advertência: esses filmes não tratam de violência, embora o segundo tenha a guerra como pano de fundo. Ao contrário, tratam de sentimentos e emoções.
domingo, agosto 24, 2008
Leitura
Está terminando a 20a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Quase não fui, deixei para a última hora, mas acabei até comprando mais livros do que imaginava. Embora não esteja lendo muito no momento, acho a leitura algo indispensável. Eu comecei a gostar de ler quando, ainda menino, passei a comprar "Mickey", da Editora Abril. De uma época em que havia preconceito contra os gibis, meus pais ficaram preocupados e perguntaram à minha professora do primário, dona Ametista, se deviam permitir que eu continuasse a comprar gibis. Ela disse que sim, porque os gibis despertariam meu gosto pela leitura. Dito e feito. Mais tarde, no colégio, fiquei fã do Machado de Assis. E procurava imitá-lo nas aulas de redação. Quase me decidi a fazer letras e linguística, não fosse a paixão pela astronomia nos tempos de garoto. Hoje, posso parodiar Groucho Marx, dizendo que acho a televisão muito educativa: toda vez que alguém liga a televisão em minha sala, vou para outro cômodo e leio um livro.
Só mais duas citações, juro. Segundo Sir Richard Steele, a leitura é para a mente o que o exercício é para o corpo. E, conforme Mário Quintana, o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê.
Esse tema sempre me faz lembrar do ator Oskar Werner no filme "Fahrenheit 451" do François Truffaut (1966), e da queima de livros realizada em maio de 1933 pelos nazistas como "um ato de limpeza contra o espírito não germânico".
Só mais duas citações, juro. Segundo Sir Richard Steele, a leitura é para a mente o que o exercício é para o corpo. E, conforme Mário Quintana, o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê.
Esse tema sempre me faz lembrar do ator Oskar Werner no filme "Fahrenheit 451" do François Truffaut (1966), e da queima de livros realizada em maio de 1933 pelos nazistas como "um ato de limpeza contra o espírito não germânico".
É brincadeira?
É brincadeira? Sim, no sentido lúdico porque, conforme o Toquinho, é bom ser criança, ter de todos atenção. Da mamãe carinho, do papai a proteção. É tão bom se divertir e não ter que trabalhar. Só comer, crescer, dormir, brincar.
Dá uma olhada nos sítios JocJogos e Brincar.pt, escolha um joguinho e tente ao menos uma vez. Mas, cuidado, pode viciar. Eu já fiquei dependente do Bejeweled.
Se bater saudades dos tempos de infância, é só clicar em RetrôTV, autodenominado como o portal brasileiro das séries e desenhos antigos. Confesso a você que sou fã da série "Perdidos no Espaço", apesar de típico exemplo chauvinista e colonialista da obsessão imperialista americana de dominar terra, mar, ar e tempo, na época da guerra fria. Isto estava demonstrado nas outras séries dos anos 60 do roteirista, produtor e diretor Irwin Allen: Viagem ao Fundo do Mar, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes.
Dá uma olhada nos sítios JocJogos e Brincar.pt, escolha um joguinho e tente ao menos uma vez. Mas, cuidado, pode viciar. Eu já fiquei dependente do Bejeweled.
Se bater saudades dos tempos de infância, é só clicar em RetrôTV, autodenominado como o portal brasileiro das séries e desenhos antigos. Confesso a você que sou fã da série "Perdidos no Espaço", apesar de típico exemplo chauvinista e colonialista da obsessão imperialista americana de dominar terra, mar, ar e tempo, na época da guerra fria. Isto estava demonstrado nas outras séries dos anos 60 do roteirista, produtor e diretor Irwin Allen: Viagem ao Fundo do Mar, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes.
Crepúsculo dos Deuses
Não, esse título não se refere à performance de nenhum país ou modalidade esportiva nos Jogos Olímpicos de Pequim.
E também não tem nada a ver com certo partido de apoiadores da ditadura militar posando de democratas e que tiveram imunidade tributária suspensa por terem sonegado impostos no período de 2002 a 2004.
Longe disso.
O título se refere ao filme "Sunset Blvd." dirigido em 1950 pelo Billy Wilder, com a Gloria Swanson interpretando Norma Desmond, uma ex-estrela do cinema mudo, como ela própria. A boulevard Sunset é onde fica a mansão da atriz rica e cinqüentona, que se apaixona por um roteirista mais jovem e pobre, Joe Gillis, interpretado por William Holden. É um drama romântico que pode ser classificado como film-noir. E uma bela crítica a Hollywood. Soberbo. Não que eu queira ser saudosista e não torça o tempo todo para ver arte cinematográfica nestes tempos de internet e DVD, mas já é possível dizer que não se fazem mais filmes como antigamente. Exceções existem, mas são raras. Cito uma delas: "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (The Dark Knight, ou Batman Begins 2, Christopher Nolan, 2008), com Christian Bale fazendo Bruce Wayne e Batman, e o Coringa Heath Ledger, que morreu em janeiro último de uma overdose acidental ao misturar diversos medicamentos.
E também não tem nada a ver com certo partido de apoiadores da ditadura militar posando de democratas e que tiveram imunidade tributária suspensa por terem sonegado impostos no período de 2002 a 2004.
Longe disso.
O título se refere ao filme "Sunset Blvd." dirigido em 1950 pelo Billy Wilder, com a Gloria Swanson interpretando Norma Desmond, uma ex-estrela do cinema mudo, como ela própria. A boulevard Sunset é onde fica a mansão da atriz rica e cinqüentona, que se apaixona por um roteirista mais jovem e pobre, Joe Gillis, interpretado por William Holden. É um drama romântico que pode ser classificado como film-noir. E uma bela crítica a Hollywood. Soberbo. Não que eu queira ser saudosista e não torça o tempo todo para ver arte cinematográfica nestes tempos de internet e DVD, mas já é possível dizer que não se fazem mais filmes como antigamente. Exceções existem, mas são raras. Cito uma delas: "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (The Dark Knight, ou Batman Begins 2, Christopher Nolan, 2008), com Christian Bale fazendo Bruce Wayne e Batman, e o Coringa Heath Ledger, que morreu em janeiro último de uma overdose acidental ao misturar diversos medicamentos.
domingo, agosto 10, 2008
Ler é Preciso
nós, brasileiros.
A propósito, se você gosta de ler, veja os vínculos abaixo:
domingo, julho 27, 2008
Domingo à tarde na Vila

domingo, julho 20, 2008
Mendoza


Mendoza é a quarta cidade da Argentina, localizada no sopé da Cordilheira dos Andes. Só não é um deserto completo porque é irrigada pelas águas do degelo da cordilheira. Além de azeite, Mendoza produz 70% do vinho argentino em suas mais de mil bodegas. Visitei a La Rural que, além de vinícola, é um museu do vinho. Valeu a pena também visitar o Parque General San Martín, onde fica um zoológico sem jaulas e o Cerro La Gloria, que é o mirante da cidade. Mas o passeio imperdível é ir até a estação de esqui Los Penitentes através de Uspallata, indo pelo parque Villavicencio e voltando por Potrerillos. O ponto alto do passeio, sem trocadilho, sem dúvida é a vista do Monte Aconcágua (6959m), o mais alto da América, a partir de Puente del Inca (2700m). Veja algumas fotos ao lado. Dica: fique no Hotel Ibis, alugue um carro, visite algumas bodegas e não deixe de fazer o circuito mencionado acima, que é chamado de Alta Montaña. É claro, passeie pelas diversas praças da cidade e saboreie seus bons vinhos. Eu gostei tanto que vou voltar lá. Vale a pena.
domingo, junho 29, 2008
Da natureza, da consciência e da reputação
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação
"Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou.
Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
-Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida, e continuou:
-Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Quando a vida te apresentar mil razões para chorar, mostre- lhe que tens mil e uma razões pelas quais sorrir. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... É problema deles."
"Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou.
Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
-Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida, e continuou:
-Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Quando a vida te apresentar mil razões para chorar, mostre- lhe que tens mil e uma razões pelas quais sorrir. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... É problema deles."
Espírito moderno
Uma sucessão de fatos tem me levado a refletir sobre misticismo, ocultismo e espiritismo. Vou lembrá-los a seguir, não necessariamente em ordem cronológica direta ou inversa:
- vi o filme “Julieta dos Espíritos”;
- faleceram nesta semana a Ruth Cardoso e a Sylvinha Araújo; e
- vi em algumas livrarias algumas obras que tratam a relação do nazismo com o ocultismo e lembrei na hora da “divisão paranormal da SS” citada no game “Retorno ao Castelo de Wolfenstein”.
Não sou contra o espiritismo por motivos religiosos, a exemplo dos protestantes, mas acho que é uma doutrina perigosa do ponto de vista político, filosófico e ideológico.
Para entender essa questão, assim como a todo o pensamento moderno, é indispensável conhecer os pensadores, escritores, filósofos e cientistas do século XIX. A tese de que há seres superiores, que evoluíram pela seleção natural e sobreviveram por serem mais aptos, quando aplicada a raças e a espíritos é a base do nazismo e do espiritismo. Essa tese serviu de motivo para a perseguição nazista a judeus, ciganos, eslavos, homossexuais, marxistas, além de católicos e testemunhas de Jeová. O codificador da doutrina espírita, Hippolyte Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, deixa bem claro seu racismo no artigo “Perfectibilidade da Raça Negra” (Perfectibilité de la race nègre, Revue Spirite - Journal D’Estudes Psychologiques, Avril 1862). Que me perdoem os amigos que acham chique ser espírita, à moda da Globo, de seu jornal Extra e de sua revista Época, mas é apenas a minha opinião. Conto com seu espírito superior e caridoso para que não me condenem por pensar diferente.
- vi o filme “Julieta dos Espíritos”;
- faleceram nesta semana a Ruth Cardoso e a Sylvinha Araújo; e
- vi em algumas livrarias algumas obras que tratam a relação do nazismo com o ocultismo e lembrei na hora da “divisão paranormal da SS” citada no game “Retorno ao Castelo de Wolfenstein”.
Não sou contra o espiritismo por motivos religiosos, a exemplo dos protestantes, mas acho que é uma doutrina perigosa do ponto de vista político, filosófico e ideológico.
Para entender essa questão, assim como a todo o pensamento moderno, é indispensável conhecer os pensadores, escritores, filósofos e cientistas do século XIX. A tese de que há seres superiores, que evoluíram pela seleção natural e sobreviveram por serem mais aptos, quando aplicada a raças e a espíritos é a base do nazismo e do espiritismo. Essa tese serviu de motivo para a perseguição nazista a judeus, ciganos, eslavos, homossexuais, marxistas, além de católicos e testemunhas de Jeová. O codificador da doutrina espírita, Hippolyte Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, deixa bem claro seu racismo no artigo “Perfectibilidade da Raça Negra” (Perfectibilité de la race nègre, Revue Spirite - Journal D’Estudes Psychologiques, Avril 1862). Que me perdoem os amigos que acham chique ser espírita, à moda da Globo, de seu jornal Extra e de sua revista Época, mas é apenas a minha opinião. Conto com seu espírito superior e caridoso para que não me condenem por pensar diferente.
Julieta dos Espíritos
”Julieta dos Espíritos” (Giulietta degli Spiriti, 1965) é o primeiro filme colorido do Federico Fellini. Conta a estória de Giulietta Boldrini (vivida pela Giulietta Masina, mulher do diretor), que busca forças nas memórias e no misticismo para deixar o marido infiel. O filme tem dois pontos que chamam a atenção. O primeiro é o uso e abuso das cores, inovação do cinema italiano, em meio às figuras bizarras, fantasias, sonhos e alucinações, características do cinema de Fellini. O segundo aspecto é a abordagem do misticismo. O bom cinema leva à reflexão. Vou comentar no próximo post o que me ocorreu ao ver este filme. Se o recomendo? Em geral, não. A menos que você estude cinema ou seja cinéfilo. Para ver algo mais blockbuster, reveja Ghost (1990) do Jerry Zucker, cujo melhor filme foi “Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu” (Airplane!, 1980).
quarta-feira, junho 25, 2008
Até logo, Ruth
Fiquei surpreso ao saber hoje da morte súbita da ex-primeira dama dona Ruth Cardoso. E triste também, confesso. Alguém poderá dizer que não entende por quê. Ué! Não se pode ter religiões políticas diferentes? Qual o problema? Apesar do tucanato ter optado pela aliança com o que há de mais retrógrado em termos de pensamento político e ideológico no Brasil, não podemos esquecer que, ao lado de muitos peemedebistas, os tucanos também foram companheiros de luta contra o fascismo por aqui. Naquele momento, nossas diferenças não importavam tanto. Depois, cada um fez a opção que achou mais adequada. Nada mais normal. Nós conseguimos deixar a sociedade mais tolerante e mais plural. O fato da professora e antropóloga pensar diferente não tira seu valor. Com respeito e admiração, manifesto aqui minhas sinceras condolências à família. Descansa em paz, Ruth.
sábado, junho 21, 2008
Filhos da Esperança
"Filhos da Esperança" (Children of Men, 2006, Alfonso Cuarón) é um filme interessante, diferente. É ficção científica sem raios laser, naves espaciais, teletransporte etc. É uma visão apocalíptica do futuro próximo baseada no passado recente. Trata-se do ano de 2027 em que não existiriam mais crianças. Sem elas, não haveria futuro e nem esperança. Há muitas citações e simbolismo. Lembra George Orwell em "1984". O quadro Guernica (do Pablo Picasso) e a canção "Arbeit Macht Frei", cujo título significa "trabalho liberta", lembram o nazi-fascismo, assim como a truculência dos britânicos ao tratar de imigrantes indesejados. É um filme para ler. E pensar.
segunda-feira, junho 16, 2008
Fico assim sem você
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
domingo, junho 15, 2008
Detroit


domingo, maio 25, 2008
Pedras de Gonçalves
domingo, maio 18, 2008
As Cores de Kieslowski
O polonês Krzysztof Kieslowski dirigiu em 1993 e 1994 a trilogia que faz referência às cores da bandeira francesa:
Ao ver qualquer um destes filmes, a gente se sente como se estivesse lendo um livro. Não tem nada a ver com o padrão blockbuster ou com aquilo que normalmente é exibido em cinemas de shopping. É arte cinematográfica.
- "A Liberdade é Azul" (Three Colors: Blue, setembro de 1993) é um filme sobre perda, dor, tristeza, frieza, mas surpreendentemente otimista. Julie (Juliette Binoche) é uma mulher que perde marido e filha em um acidente de automóvel.
- "A Igualdade é Branca" (Three Colors: White, fevereiro de 1994) é comédia e drama ao mesmo tempo. Dominique (Julie Delpy) é uma francesa insatisfeita que se divorcia do marido polonês. O coitado planeja e executa uma vingança, para ficar quites com a ex-esposa.
- "A Fraternidade é Vermelha" (Three Colors: Red, dezembro de 1994) é um filme sobre amizade, tolerância, destino, coincidências. Valentine (Irène Jacob), ao dirigir de volta para casa, atropela uma cachorra que tem escrito na coleira o endereço do dono.
Ao ver qualquer um destes filmes, a gente se sente como se estivesse lendo um livro. Não tem nada a ver com o padrão blockbuster ou com aquilo que normalmente é exibido em cinemas de shopping. É arte cinematográfica.
terça-feira, maio 13, 2008
Ubaldo, o Paranóico
Quero sempre acreditar que a democracia está consolidada neste país porque, assim como no caso do Ubaldo, personagem do Henfil, meu maior medo é o da volta e do recrudescimento do regime militar. A história está aí fora, acontecendo. Se o Supremo Tribunal Federal optar pela manutenção da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol nos moldes em que foi homologada pelo governo Lula, o nosso glorioso Exército, parceiro do agronegócio e dos garimpeiros, vai negar os direitos dos povos indígenas alegando que isso afetaria a soberania nacional. O nosso General Custer já deixou isso bem claro quando afirmou que "nossa política indigenista é caótica." Os milicos têm dito que a Amazônia é nossa (deles, dos brancos, e não dos índios). E a imprensa marrom, através de seus parajornalistas que são bem pagos pelo patrão, já escolheu seu lado nesta questão, que é o lado dos brancos, claro. Então é hora de pôr a barba no molho.
segunda-feira, abril 21, 2008
Campos do Jordão, mais uma vez

quarta-feira, março 26, 2008
Conselho de um parajornalista
Semana passada, voltando de Joinville-SC, deram-me no avião um exemplar da Gazeta de Joinville. Chamou-me a atenção uma coluna no caderno de política, segundo a qual um parajornalista daquela revista com 40% de propaganda afirmou em 24 de janeiro de 2005, quando o dólar estava a R$ 2,681, que “os números não batem. O real irá despencar. Ponha o carro à venda e compre dólares. Ponha o apartamento à venda e compre dólares. Depois me escreva agradecendo.”
A imprensa marrom vive me enviando propostas de assinatura. Não quero nem de graça. Prefiro a Caras, que vejo quando vou ao barbeiro.
Na lista negra desse parajornalista que é pago para escrever o que determina aquela revista macartista da linha Opus Dei estão os seguintes nomes: Tereza Cruvinel, Kennedy Alencar, Franklin Martins, Eliane Cantanhêde, Luiz Garcia, Vinicius Mota, Alberto Dines, Alon Feuerwerker, Paulo Markun, Paulo Henrique Amorim, Ricardo Noblat, Leonardo Attuch, Mino Carta, Fernando Morais, Gilberto Dimenstein, Marcelo Beraba, Juca Kfouri, Nelson de Sá, Mario Rosa, André Singer, Ricardo Kotscho e Eugenio Bucci.
Fica claro então que a imprensa tem seus próprios interesses como qualquer segmento da sociedade. Cabe a nós, leitores e eleitores, ponderar sobre as tendências daqueles que supostamente deveriam nos deixar bem informados.
A imprensa marrom vive me enviando propostas de assinatura. Não quero nem de graça. Prefiro a Caras, que vejo quando vou ao barbeiro.
Na lista negra desse parajornalista que é pago para escrever o que determina aquela revista macartista da linha Opus Dei estão os seguintes nomes: Tereza Cruvinel, Kennedy Alencar, Franklin Martins, Eliane Cantanhêde, Luiz Garcia, Vinicius Mota, Alberto Dines, Alon Feuerwerker, Paulo Markun, Paulo Henrique Amorim, Ricardo Noblat, Leonardo Attuch, Mino Carta, Fernando Morais, Gilberto Dimenstein, Marcelo Beraba, Juca Kfouri, Nelson de Sá, Mario Rosa, André Singer, Ricardo Kotscho e Eugenio Bucci.
Fica claro então que a imprensa tem seus próprios interesses como qualquer segmento da sociedade. Cabe a nós, leitores e eleitores, ponderar sobre as tendências daqueles que supostamente deveriam nos deixar bem informados.
domingo, março 16, 2008
O Sobrevivente
"O Sobrevivente" (Rescue Dawn, 2006, Werner Herzog) é um lançamento em DVD baseado no documentário "Little Dieter Needs to Fly" também escrito e dirigido pelo próprio Herzog em 1997 . É um drama de guerra que conta a história real de sobrevivência do piloto Dieter Dengler (Christian Bale), que foi prisioneiro no Laos durante a Guerra do Vietnã em 1966.
Além de mais de 10 ótimos documentários, Herzog dirigiu as seguintes obras-primas:
"Aguirre, a Cólera dos Deuses" (Aguirre, der Zorn Gottes, 1972), com Klaus Kinski,
"O Enigma de Kaspar Hauser" (Jeder für sich und Gott gegen alle, 1974),
"Stroszek" (Stroszek, 1977), e
"Fitzcarraldo" (Fitzcarraldo, 1982), com Klaus Kinski e José Lewgoy.
Herzog dirigiu Kinski também em "Woyzeck" (Woyzeck, 1979), "Nosferatu - O Vampiro da Noite"(Nosferatu: Phantom der Nacht, 1979) e "Cobra Verde" (Cobra Verde, 1987).
Depois de tantos filmes inesquecíveis, confesso que esperava mais de "O Sobrevivente". No entanto é um filme bem acima da média. Recomendo.
Além de mais de 10 ótimos documentários, Herzog dirigiu as seguintes obras-primas:
"Aguirre, a Cólera dos Deuses" (Aguirre, der Zorn Gottes, 1972), com Klaus Kinski,
"O Enigma de Kaspar Hauser" (Jeder für sich und Gott gegen alle, 1974),
"Stroszek" (Stroszek, 1977), e
"Fitzcarraldo" (Fitzcarraldo, 1982), com Klaus Kinski e José Lewgoy.
Herzog dirigiu Kinski também em "Woyzeck" (Woyzeck, 1979), "Nosferatu - O Vampiro da Noite"(Nosferatu: Phantom der Nacht, 1979) e "Cobra Verde" (Cobra Verde, 1987).
Depois de tantos filmes inesquecíveis, confesso que esperava mais de "O Sobrevivente". No entanto é um filme bem acima da média. Recomendo.
domingo, março 02, 2008
Engordador

sábado, março 01, 2008
Liberdade de Expressão
Há dezenas, talvez centenas, de ações judiciais propostas por fiéis da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) contra os jornais "Folha de S.Paulo" (Grupo Folha: UOL, Agora, Valor etc), "Extra" (O Globo, Diário de S.Paulo) e "A Tarde". Este fato tem sido considerado um "assédio judicial" orquestrado e muito bem organizado para intimidar e cercear o direito à informação.
Muitas vezes problemas e crises devem ser considerados como oportunidades. Vem à tona a questão da liberdade de expressão, do entulho autoritário que é a Lei de Imprensa, e o comportamento da mídia. É conhecida a maneira como a imprensa marrom, como a "Veja" (Editora Abril) e a "Época" (O Globo), trata os evangélicos. Porque estão lutando judeus, católicos e evangélicos? Espaço? Audiência? Poder? Espero que não haja radicalização. Em seu livro "Deus - um delírio", Richard Dawkins atribui ao dramaturgo irlandês Sean O'Casey que "a política já matou uns bons milhares, mas a religião já matou umas boas dezenas de milhares".
Se quiser ler mais a respeito, visite a página do Observatório da Imprensa na TVBrasil.
Muitas vezes problemas e crises devem ser considerados como oportunidades. Vem à tona a questão da liberdade de expressão, do entulho autoritário que é a Lei de Imprensa, e o comportamento da mídia. É conhecida a maneira como a imprensa marrom, como a "Veja" (Editora Abril) e a "Época" (O Globo), trata os evangélicos. Porque estão lutando judeus, católicos e evangélicos? Espaço? Audiência? Poder? Espero que não haja radicalização. Em seu livro "Deus - um delírio", Richard Dawkins atribui ao dramaturgo irlandês Sean O'Casey que "a política já matou uns bons milhares, mas a religião já matou umas boas dezenas de milhares".
Se quiser ler mais a respeito, visite a página do Observatório da Imprensa na TVBrasil.
sábado, fevereiro 23, 2008
Uma Cidade Chamada Wanda
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Fahrenheit 451?
Conforme a Folha de antes de ontem, Kassab fecha quatro bibliotecas em São Paulo porque sua Secretaria da Cultura constatou que há poucos freqüentadores! A burocracia do DEM vai distribuir o acervo entre algumas das 57 bibliotecas que ainda restarão. Ufa! Por um momento lembrei do filme Fahrenheit 451 (1966, François Truffaut), baseado em romance homônimo de Ray Bradbury. Hoje se encontram o DVD e o livro em promoção por aí - ambos valem a pena.
Ah, não esqueça de solicitar a revogação desse decreto horrível do "democrata" Kassab; basta um clique em GoPetition.
Ah, não esqueça de solicitar a revogação desse decreto horrível do "democrata" Kassab; basta um clique em GoPetition.
domingo, fevereiro 17, 2008
Missões
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Meu Nome Não É Johnny
"Meu Nome Não É Johnny" (2008, Mauro Lima), baseado no livro homônimo de Guilherme Fiúza, é o drama de um rapaz da classe média carioca, João Guilherme Estrella (Selton Mello), que se tornou um grande traficante de cocaína no início dos anos noventa. É um filme interessante sobre um tema árduo, o tráfico de drogas. O final trás uma mensagem interessante de crença nas pessoas e em sua capacidade de recuperação. Confira.
terça-feira, janeiro 29, 2008
O "democrata" Geisel mandou matar Jango?
Deu na Prensa Latina, e depois na Globo e na Folha: o ex-agente da inteligência uruguaia, Mario Barreiro, afirmou que o ex-presidente João Goulart foi morto por envenenamento a mando do governo Geisel em 1976, numa chamada Operação Escorpião. Há controvérsias. Mas, pelo sim ou pelo não, devemos lembrar mais uma vez que os militares da América do Sul promoveram diversas "limpezas" para se livrar de políticos de oposição, já que a política externa americana determinou o fim das ditaduras militares.
Atenção: essa notícia dificilmente você verá na imprensa marrom - veja, ela serve apenas aos patrocinadores.
Atenção: essa notícia dificilmente você verá na imprensa marrom - veja, ela serve apenas aos patrocinadores.
domingo, janeiro 27, 2008
Notas Sobre Um Escândalo
Não, o título não se refere a nenhum escândalo de corrupção e desperdício. E também não é manchete na imprensa marrom. "Notas Sobre Um Escândalo" (Notes On A Scandal), 2006, Richard Eyre) é um drama e suspense psicológico sobre duas mulheres e suas obsessões - as professoras Barbara (a inglesa Judi Dench) e Sheba (a australiana Cate Blanchett). O roteiro é de Patrick Marber, baseado no romance "What Was She Thinking: Notes on a Scandal" da Zoe Heller. Tão britânico quanto "Closer - Perto Demais" (Closer, 2004, Mike Nichols), cujo roteiro também é de Marber, este drama prende sua atenção do começo ao fim. Recomendo.
Um Crime de Mestre
Ontem vi em DVD "Um Crime de Mestre" (Fracture, 2007, Gregory Hoblit), com o ótimo Anthony Hopkins fazendo o papel de Ted Crawford, empresário traído que mata a esposa com um tiro na cabeça e confessa o crime, mas desafia a polícia e a justiça a provar seu crime. Se você gosta de suspenses dramáticos envolvendo crime e mistério, assista também aos outros filmes do Gregory Hoblit:
"Alta Freqüência" (Frequency, 2000), com Dennis Quaid;
"Possuídos" (Fallen, 1998), com Denzel Washington; e
"As Duas Faces de Um Crime" (Primal Fear, 1996), com Richard Gere.
Então, pipoca, refrigerante e boa diversão.
"Alta Freqüência" (Frequency, 2000), com Dennis Quaid;
"Possuídos" (Fallen, 1998), com Denzel Washington; e
"As Duas Faces de Um Crime" (Primal Fear, 1996), com Richard Gere.
Então, pipoca, refrigerante e boa diversão.
domingo, janeiro 20, 2008
Eu Sou a Lenda
Acabei de ver "Eu Sou a Lenda" (I Am Legend, 2007, Francis Lawrence), mistura de drama, ficção científica, suspense e terror, baseada no conto homônimo de 1954, escrito por Richard Matheson. Foi adaptado ao cinema também em The Last Man on Earth (1964, do Ubaldo Ragona, com o Vincent Price) e The Omega Man (1971, do Boris Sagal, com o Charlton Heston). Conta a estória de um sobrevivente, Dr. Robert Neville (Will Smith), que luta para encontrar a cura para uma doença estranha que praticamente destrói a raça humana em um futuro povoado por zumbis vampiros. Bem, melhor não adiantar mais nada. Boa diversão.
Cidadão Kane, o filme que quase foi destruído
Finalmente consegui ver "Cidadão Kane" (Citizen Kane, 1941), a obra-prima co-escrita, dirigida e produzida por Orson Welles, que também atuou no papel do personagem principal. No começo o filme é meio chato mesmo - tanto que dormi em várias tentativas de assistí-lo anteriormente. Mas fica interessante depois de algum tempo. É um drama envolvendo o mistério em torno da última palavra proferida por Charles Foster Kane, o barão da imprensa marrom: "rosebud". O filme inova em muitos aspectos, como iluminação, ângulo das câmeras, ordem da narrativa etc. É considerado o melhor filme americano de todos os tempos. Se você gosta de cinema, vale a pena vê-lo e aprender um pouco sobre esse filme e as circunstâncias em que ele foi feito, e também suas conseqüências. Welles teve seu nome incluído em um relatório da influência comunista no rádio e na televisão durante as décadas de 40 e 50, época do macartismo. Para falar a verdade, gostei mais do documentário "A Batalha sobre Cidadão Kane" (The Battle over Citizen Kane, 1996, Michael Epstein e Thomas Lennon). Embora americano demais, vale a pena ver caso você seja fã da arte cinematográfica e da história do século passado.
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Puerto Iguazú - Parque Nacional Iguazú
O Parque Nacional Iguazú localiza-se a dezessete quilômetros de Puerto Iguazú no departamento Iguazú, província de Misiones. Basta atravessar a Ponte Tancredo Neves, também conhecida como Ponte Internacional da Fraternidade, passar pela alfândega argentina, e aí você estará em Puerto Iguazú, na Argentina. O parque argentino também faz parte de uma das maiores reservas florestais da América do Sul, com flora e fauna exuberantes, e sua maior atração é a Garganta del Diablo. É muito bonito e tem circuitos que nos levam pertinho das cataratas, tanto na parte de baixo como na parte de cima. Se você for a Foz e ao nosso parque, não deixe de ver o lado argentino. Hoje em dia, com a nossa moeda valorizada, vale a pena abastecer (se você for de carro) e alimentar-se do lado de lá, sem falar dos bons vinhos argentinos. Clique no link para saber mais a respeito. Recomendo.
P.S.: Levar carteira de identidade original - não vale a carteira de motorista. Em Puerto Iguazú você pode usar reais, mas na entrada do Parque só aceitam peso argentino; então, lembre-se de trocar o dinheiro nem que seja na própria alfândega.
Paranóia
Não costumo alugar ou ir ao cinema sem alguma referência do filme. Dificilmente acerto, mas às vezes arrisco. Ontem solicitei a uma atendente do Blockbuster uma sugestão de algum lançamento de suspense ou policial. E tive sorte. Ela me indicou "Paranóia" (Disturbia, 2007, D.J. Caruso), uma mistura de drama, romance, comédia, policial e suspense. É sobre um rapaz, Kale (Shia LaBeouf), que fica em prisão domiciliar e usa o tempo espiando a vizinhança até suspeitar que um dos vizinhos é um serial killer. Lembra de cara "Janela Indiscreta" (Rear Window, 1954), uma das obras-primas do mestre Hitchcock. E faz algumas citações, das quais destaco a cena em que o assassino usa um taco de baseball para fazer um buraco na porta e procurar a próxima vítima - homenagem a "O Iluminado" (The Shining, 1980) de Stanley Kubrick.
Conclusão: apesar de ser dirigido mais a adolescentes e ser bastante previsível no final, é uma boa diversão. Vale, nem que seja pelas citações. Veja o trailer:
Conclusão: apesar de ser dirigido mais a adolescentes e ser bastante previsível no final, é uma boa diversão. Vale, nem que seja pelas citações. Veja o trailer:
segunda-feira, janeiro 07, 2008
Foz do Iguaçu - Parque Nacional do Iguaçu

domingo, janeiro 06, 2008
Foz do Iguaçu - Parque das Aves
Desculpa, Caras
Outro dia cometi uma injustiça com a revista Caras: afirmei que ela e a revista Veja (40% de propaganda) eram a mesma coisa. Errei. A Caras cumpre com o seu propósito de informar o leitor. A outra revista escolhe o que vai "informar", sempre tomando partido, de forma claramente tendenciosa. Tudo bem. Mas o leitor deve ficar atento. E não deve jamais considerar seu conteúdo como verdade absoluta. Os exemplos são inúmeros.
Os leitores deste tipo de imprensa consideram o fanfarrão Chavez, presidente da Venezuela, um verdadeiro demônio. E simplesmente desconhecem as ligações perigosas de Uribe, presidente da Colômbia, com os paramilitares de extrema direita que promovem assassinatos e massacres, além de estarem associados ao tráfico de drogas da mesma forma que os grupos de esquerda. Para saber mais:
Brasil de Fato.
The Boston Globe (em inglês).
Os leitores deste tipo de imprensa consideram o fanfarrão Chavez, presidente da Venezuela, um verdadeiro demônio. E simplesmente desconhecem as ligações perigosas de Uribe, presidente da Colômbia, com os paramilitares de extrema direita que promovem assassinatos e massacres, além de estarem associados ao tráfico de drogas da mesma forma que os grupos de esquerda. Para saber mais:
Brasil de Fato.
The Boston Globe (em inglês).
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